Diários de Cuba

Diários de Cuba

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Diários de Cuba parte 12








Fui conhecer a saúde no campo aqui em cuba e mais uma vez fiquei impressionado! Aqui existem consultórios de família espalhados pelas áreas mais longínquas do país. Fui a uma região montanhosa cerca de uma hora e meia de havana e com um acesso até difícil. Se em Havana, cada consultório da família ficam com 1.500 pessoas no máximo (comparado com os números do Brasil, esse contingente de população adscrita é um paraíso), no contexto do campo as equipes ficam com menos pessoas ainda para dar assistência e fazer promoção de saúde com qualidade. Em uma mesma montanha fomos a dois consultórios de família com equipe completa e um policlínico de retaguarda. Diferentemente do Brasil, em que a zona rural é bem desassistida de serviços de saúde e de profissionais, aqui há uma quantidade até razoável de profissionais por pessoa. Uma coisa muito interessante é que os médicos e enfermeiras de família moram na comunidade, mais especificamente em cima do consultório em uma espécie de duplex (com uma estrutura digna dentro das possibilidades do país) e conhecem todo mundo, caso a caso e todo mundo respeita a equipe pela forma como a equipe trata a população, ou seja com muito respeito e cooperação. Isso a gente perguntou para várias pessoas (profissionais de saúde e população). Os consultórios eram bem simples, com instrumental simples, esterilizador bem antigo, enfim tirei mil fotos para que eu pudesse entender que de verdade não se precisa mesmo de tecnologias ultra high power para se fazer saúde com qualidade na atenção primária. No entanto, mais um “tapa na cara” que levei estava em um papel branco na parede também muito simples: os indicadores de saúde alcançados por aquele simples consultório. Indicadores impressionantes de controle da mortalidade infantil, cuidado e acompanhamento das grávidas, acompanhamento das crianças, dos idosos e acompanhamento muito atento de diabéticos hipertensos e pessoas com questões de saúde mental no território. Depois eu vi onde se gasta muito aqui em cuba: na excelente formação daqueles profissionais que estavam mostrando as coisas que eles fazem de forma tão natural e a gente fica com cara de bobo vendo a potencia deste sistema de saúde. Isso no contexto rural viu, em zonas afastadas e com dificuldades de recursos. Voltei pra havana com mais aprendizados...

Nenhum comentário:

Postar um comentário