Diários de Cuba

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Diários de Cuba parte 08




Cuba erradicou o analfabetismo cerca de três anos após a revolução de 1959 com trabalho de base nas comunidades do país. Hoje, não ha analfabetismo aqui e todas as pessoas tem acesso de direito e de fato a educação pública de qualidade. Visitei um circulo infantil aqui (equivalente a nossa escola primária no Brasil) e fiquei impressionado como as crianças têm acesso a educação e como a educação aqui é integrada com a saúde. Não se vê aquele caos que vemos nas escolas (públicas e privadas) brasileiras e as crianças tem diversas oficinas para aprenderem a se desenvolver pelo ponto de vista da colaboração, inclusive na aula de educação física. Aqui as professoras são licenciadas e preparadas para ensinar, com os recursos que dispõem várias coisas as crianças desde matemática até educação física recreativa. Na entrada da escola, as crianças são avaliadas por uma enfermeira e se tiverem com algum problema de saúde voltam para casa, bem como são referenciadas imediatamente para o consultório de família mais próximo. Isso  ocorre todos os dias. Na entrada da escola, há um mural expondo para os pais o cardápio, os eixos temáticos que serão trabalhos, o material escolar que todas as crianças terão acesso e quanto custa cada coisa que o estado paga. Qualquer problema com as crianças, o círculo infantil chama os pais para discutir. Tudo que é feito na escola, os brinquedos artesanais de madeira e papelão são feitos com a colaboração das famílias (seja para doação de material seja para confecção comunitária dos brinquedos). Evidente que o bloqueio econômico impõe a educação cubana uma série de dificuldades materiais, mas ainda sim se faz muita coisa revolucionária na educação com muito pouco. Parece-me que Paulo Freire tinha total razão naquilo que tentou implantar no Brasil e o grande capital da educação brasileira não permitiu. Ah, aqui existe um lema de que os profissionais da saúde e da educação devem ser melhor remunerados e de fato são com uma isonomia de salários (com algumas variações de acordo com o nível de pós-graduação). Ou seja, precisamos lutar por uma escola pública de qualidade para ontem no Brasil e não ficar esperando o governo nos dar uma de presente.

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