Diários de Cuba

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no Piauí (matéria do blog Pragmatismo Político no Brasil)

Segue uma matéria veiculada no blog Pragmatismo Político sobre a atuação dos médicos e das médicas de Cuba (do Programa Mais Médicos) no estado do Piauí, no Brasil. Leiam esta interessante matéria, com diversos depoimentos dos profissionais e dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Como é de praxe deste blog, leia e tirem suas conclusões.

Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no Piauí

Programa ‘Mais Médicos’ zera a mortalidade infantil em municípios do Piauí. Médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guevara, em Cuba, comemoram o feito e pacientes brasileiros se dizem satisfeitos: “O médico cubano dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, explica o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários”

Os médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz (Imagem: MeioNorte)


Os médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guerava, em sua cidade natal, Pina del Rio, em Cuba, estão trabalhando há um ano no do Posto de Saúde de Barras, na região Norte de Piauí, e sorriem quando falam da conquista em vida que obtiveram no trabalho da atenção básica.
“Há um ano não registramos nenhuma morte de criança e de gestante. Estamos sem mortalidade materna e infantil”, afirmam Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, no Posto de Saúde de Barras, atuando no Programa Mais Médicos, do Governo Federal.
Esta realidade de redução com a capacidade de zerar a mortalidade infantil e materna se espalhou nos municípios onde o Programa Mais Médicos foi implantando para oferecer atenção básica de saúde onde era difícil a permanência de médicos ou de número suficientes de médicos brasileiros para atender a população.
“Tem sido uma experiência muito boa. Encontramos uma comunidade muito carente, mas acolhedora, pessoas muito sensíveis, muito boas e necessitadas”, relata Olívia Rodriguez.
Segundo ela, as doenças mais frequentes são doenças respiratórias, doenças parasitárias, hipertensão, diabetes. Olívia Rodriguez e Omar Diaz fazem visitas domiciliares aos pacientes de Barras, que são programas e os pacientes atendidos são pessoas que não podem ir ao posto de saúde. São crianças com hidrocefalia, puérperas (mulheres que tiveram bebês recentemente), gestantes, hipertensos e idosos.
“Nós não temos mortalidade infantil, nem mortalidade materna. Temos registros de crianças e mães doentes, mas nenhuma chegou a óbito”, enfatiza Olívia Rodriguez, de tem 30 anos trabalhando como médica. “Isso é uma vitória”, comemora Omar Diaz.
Olívia Rodriguez e Omar Diaz afirmam que trabalhar é diferente de onde trabalharam antes com atenção básica na Venezuela, Paraguai e Paquistão, que não tinham uma rede constituída de atenção primária. “Na Venezuela não tínhamos nada, tudo era precária.
No Paraguai igual, não tinha rede implantada. No Brasil, nós temos uma rede de atenção básica de saúde, não temos médicos, mas temos uma rede criada. Nos outros países foram nós que criamos a rede de atenção primária”, falou Olívia Rodriguez.
Omar Diaz, 23 anos de formado em Medicina, sendo que oito anos trabalhando na Venezuela, avalia como muito boa a sua experiência de um ano em Barras.
“Temos encontrado uma população muito necessitada de atenção médica e todos são muito receptivos porque a população é muito receptiva com os médicos cubanos, fica muito contente com o nosso trabalho, muito compreensiva porque nós estamos ajudando a melhorar a saúde dessa população que estava carente de atenção”, falou Omar Diaz, que encontra crianças com baixo peso e desnutrição, mas não com desnutrição extrema.

Abraços e atenção ajudam na cura dos pacientes

Omar Diaz percebeu que muitos pacientes ficam curados mais rápido com um abraço, um cuidado mais afetuoso e fraterno. As pessoas ficam muito agradecidas.
Omar Diaz afirma que quando estão fazendo visitas domiciliares, os pacientes dizem que nunca um médico foram em suas casas. Pedem desculpas porque não podem oferecer refeição melhor, mas Omar Diaz e Olívia Rodriguez avisam que as famílias estão se alimentando com as mesmas refeições com que se alimentam.
“São pessoas muito carentes e quando vemos as pessoas acamadas e não podem caminhar, elas ficam muito contentes porque elas falam dos problemas de saúde que têm e nós também falamos muitas coisas. Essas pessoas ficam muito agradecidas”, fala Omar Diaz.
Omar Diaz afirma que abraçar e ouvir o paciente ajuda psicologicamente os doentes e em sua cura.
“As pessoas que estão acamadas ficam depressivas. A gente fala com elas, falamos que vão melhorar a saúde. Essas pessoas ficam psicologicamente animadas, é a palavra do médico animando o paciente. Isso ajuda na cura”, diz Omar Diaz.
“Tem pacientes que dizem que bastou o médico olhar e já melhoraram. Dizem: ‘esse médico me olhou e eu já me senti bem”, afirma Olívia Rodriguez.
“Quando o médico fala, conversa é muito importante para o paciente e também é muito importante o médico escutar o que o paciente fala. Isso é muito importante para a recuperação e melhorar ao paciente”, falou Omar Rodriguez.

Médica cubana faz terapia contra vício em medicamentos

A médica cubana Olívia Rodriguez Gonzalez iniciou um trabalho com 42 mulheres de uma comunidade da periferia de Barras com atividades fisioterápicas com 42 mulheres para que rompam o ciclo fármaco, vício de medicamentos para dormir, medicamentos ansiolíticos usados como tranquilizantes e contra ansiedade.
O ciclo fármaco é formado por medicamentos como o diazepan, rivotril, contra insônia, antidepressivos e ansiolíticos.
“O resultado é que as mulheres não tomam mais cinco medicamentos que tomavam, estão mais alegres, perderam peso. São 42 mulheres integradas nas atividades fisioterápicas”, falou Olívia Rodriguez.
O trabalho é realizado com mulheres do bairro Residencial Morada de Barras. São realizadas atividades físicas com as mulheres. A coordenadora de Atenção Básica de Barras, Saara Serafim, disse que o trabalho dos médicos cubanos é muito positivo no município.
“Foram muito bem recebidos pela comunidade. Hoje nós temos médicos pela manhã e tarde de segunda-feira a quinta-feira atendendo os pacientes da maneira adequada e a população está muito satisfeita.
Já estamos até ampliando a rede de atenção básica. Nós começamos com 17 equipes e nós estamos com 19. Graças a Deus estamos conseguindo isso porque, antes, nós tínhamos dificuldades com médicos porque eles só atendiam duas vezes na semana”, falou Saara Serafim, adiantando que chegou a ficar seis meses sem médicos para atender a população na atenção básica. Hoje Barras tem seis equipes do Programa Mais Médicos.

“A médica pergunta, fala e sorri”, diz vendedora em Piripiri

A lavradora e vendedora Maria Aparecida Ferreira, de 48 anos, estava sendo atendida no Posto de Saúde João Mariano dos Santos, no bairro Caixa D´Água, em Piripiri.
Ela vinha sendo atendida por um médico cubano que viajou de volta para Cuba e foi substituído por outra médica cubana, Maritza Duquen Labore.
Maria Aparecida Ferreira diz que os médicos cubanos dão atenção ao paciente, fazem perguntas, ficam ouvindo o que o paciente tem a dizer e sorriem.
“O médico cubano é melhor, ele dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, o explica o o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários médicos.
Os outros médicos não falavam, nem olhavam para a gente, não dava atenção, só escrevia no papel. O médico cubano ouve a gente, fala, sorri. Foi melhor, eu adorei”, falou Maria Aparecida.
A estudante do curso de Administração na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) Laiana Moreira, de 25 anos, faz acompanhamento e controle de sua diabetes no Posto de Saúde no bairro Caixa D´Água, em Piripiri, e é atendida por médico cubano do Programa Mais Médico.
“O tratamento é mais adequado, o médico cubano dá atenção, avalia o nível de glicemia (taxa de açúcar no sangue), faz exames. A diferença entre os médicos cubanos e os outros é grande.
Eles são mais atenciosos. Dão mais atenção, perguntam o que a gente está sentindo, já os outros não, só passam os exames. Os médicos cubanos perguntam antes de pedir e autorizar os exames”, fala Laiana Moreira.
Efrem Ribeiro, Meio Norte
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/01/mortalidade-infantil-chega-zero-apos-mais-medicos-no-piaui.html

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Cuba es el país que más invierte en educación (Matéria da TELESUR)

Caros leitores do Blog Diários de Cuba, segue abaixo matéria veiculada pelo canal da TELESUR sobre a relação entre PIB e investimento em educação. Segundo a ONU/UNESCO, Cuba é o país que mais investe recursos do seu PIB em educação, considerando a proporcionalidade deste investimento. Segue a matéria em língua espanhola, leiam e tirem suas conclusões.


Cuba es el país que más invierte en educación




Publicado 30 diciembre 2014 .


El Banco Mudial publicó su ranking 2009-2013 en el que sitúa a Cuba como país líder en inversión en materia educativa.
Cuba destina más de 13 por ciento de su Producto Interno Bruto (PIB) al área de educación, aspecto reconocido por el Banco Mundial en su ranking de inversión e incentivo a la educación 2009-2013. Le siguen Bolivia y Venezuela en segundo y tercer lugar respectivamente en América Latina.

Ranking mundial. En segundo lugar mundial se sitúa la República Democrática de Timor Oriental, que invirtió 11,3% en 2009. Siguen Dinamarca con 8,7%; Ghana 8,1%; Islandia y Tailandia con 7,6%, Nueva Zelandia 7,4%; Chipre 7,3% y Venezuela y Bolivia con 6,9% cada uno.
La educación en Cuba ha sido reconocida por organismos internacionalescomo la Organización de Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO) por sus altos índices de implementación de los objetivos de la “Educación Para Todos”.


Los planes educativos implantados en Cuba han recibido reconocimiento mundial por el carácter dignificador de los planteles, así como también de la formación integral para los maestros. Entre los beneficios más destacados del sistema educativo de Cuba está la asignación de computadoras para cada escuela, fomentando el aprendizaje tecnológico entre los alumnos.

Fonte: http://www.telesurtv.net/news/Cuba-es-el-pais-que-mas-invierte-en-educacion-20141230-0006.html

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O ebola e o sonho da cooperação entre EUA e Cuba

Caros leitores do Blog Diários de Cuba, reproduzo aqui, na íntegra, um importante artigo publicado no Blog Diário do Centro do Mundo e que traz informações muito interessantes sobre a sinalização de cooperação entre Cuba e os EUA para combate à epidemia do Ebola o continente africano e no mundo.


Enquanto causa devastação na África Ocidental e pânico ao redor do mundo, o ebola tem apresentado poucas reviravoltas, mas uma delas pode ser a oportunidade de mudança nas relações EUA-Cuba, para o bem de todos.

EUA elogiam protagonismo de Cuba em ajuda médica contra ebola (Imagem: Pragmatismo Político)

Por Arturo Lopez-Levy, Foreign Policy in Focus | Tradução: Vinicius Gomes, Revista Fórum
Quando foi a última vez na história recente que oficiais do alto escalão dos EUA exaltaram Cuba de maneira pública? E a última vez que a liderança cubana se ofereceu para cooperar com os norte-americanos?
É raro para os políticos desses dois países destoarem das narrativas de desconfiança e intransigência que evitou uma colaboração produtiva por mais de meio século. Mesmo assim, é isso que tem acontecido nas últimas semanas, depois do secretário de estado dos EUA John Kerrye da embaixadora norte-americana na ONU Samantha Power falarem bem da intervenção médica de Cuba no Oeste africano, e os irmãos Raúl Fidel Castro assinalarem seu desejo em cooperar com os EUA no combate à epidemia.
Enquanto causa devastação na África Ocidental e pânico ao redor do mundo, o ebola tem apresentado poucas reviravoltas, mas uma delas pode ser a oportunidade de mudança nas relações EUA-Cuba, para o bem de todos.
Não ignore a oportunidade
Você nunca quer que uma crise séria seja desperdiçada”, disse uma vez Rahm Emanuel. “E o que eu quero dizer com isso é uma oportunidade para fazer as coisas que você acreditava não poder fazer antes.”
O presidente Barack Obama deveria ouvir seu ex-chefe de gabinete e não perder a oportunidade apresentada pela crise do ebola. As lideranças políticas na Casa Branca e no Palácio da Revolução poderiam transformar a luta contra uma ameaça em comum em uma cooperação que iria, além de promover o interesse nacional dos dois países, também significar um avanço nos direitos humanos – e o direito à saúde é um direito humano – em todo o mundo em desenvolvimento.
As condições políticas estão favoráveis para tal mudança. Os norte-americanos apoiam ações contra o ebola e aplaudiriam um presidente que valorizou mais a cooperação médica para salvar vidas à frente de ideologia e ressentimento.
Em seu sexto editorial de uma série sobre a necessidade de mudança na política dos EUA para com Cuba, o New York Times pediu para que Obama terminasse com o Programa de Condicional de Profissionais Médicos Cubanos – que torna relativamente simples para doutores cubanos que estão trabalhando no exterior desertem para os EUA – por conta de sua natureza hostil e de seu impacto negativo nas populações que recebem o apoio e atenção dos profissionais cubanos naÁfricaÁsia América Latina.
É incoerente que os EUA valorizem as contribuições dos profissionais cubanos que são enviados por seu governo para assistir em crises internacionais como o terremoto no Haiti, em 2010, enquanto trabalham para subverter tal programa ao tornar a deserção tão fácil”, lê-se no editorial do periódico. A ênfase deveria ser em promover as contribuições médicas de Cuba, não sabotá-las.
Ao passo que os esforços médicos da ilha cubana se tornam ainda mais conhecidos, torna-se igualmente claro como é irracional para Washington assumir que toda presença cubana nos países em desenvolvimento esteja ameaçando os interesses norte-americanos. Uma abertura consistente para cooperação bilateral com Cuba com a saúde pública, instituições médicas, setor privado e fundações basseadas nos EUA podem ativar sinergias positivas para melhorar a política norte-americana com Havana. Isso enviaria também um sinal amigável para reforma econômica e liberalização política em Cuba.
O mundo inteiro tem algo a ganhar
O potencial para cooperação entre Cuba e EUA vai além da prevenção e derrota do ebola. Novas pandemias podem, em um futuro próximo, podem ameaçar a segurança nacional, economia e saúde pública de outros países – matando milhares, prejudicando comércio e turismo, e enforcando a atual abertura ao encorajar a histeria xenofóbica. Nesses tempos dramáticos, a Casa Branca precisa pensar com claridade e criatividade.
Como a maior liderança no hemisfério ocidental, os EUA deveriam propor na próxima Cúpula das Américas em abril de 2015 na Cidade do Panamá, a criação de uma abrangente estratégia de cooperação médica como resposta a crises no continente. Como diversos países latino-americanos já afirmaram, Cuba deve ser incluída na reunião.
Havana desenvolveu uma extensa expertise médica, tanto doméstica como internacional, com mais de 50 mil profissionais da saúde servindo em 66 países. Medidas preventivas, detecção antecipada, controle estrito de infeções e coordenação em resposta a desastres naturais são partes essenciais no método cubano de cortar o mal de pandemias pela raiz. A falta de alguns desses componentes em sistemas de saúde que já estão em colapso explicam a falha na governança que aumentou o impacto do ebola no oeste da África.
Quando ainda era senador e candidato à presidência, Obama era um dos maiores críticos da postura de “Guerra Fria” dos EUA com Cuba. Como presidente, não é suficiente para ele apenas fazer eco à política de embargo implementada por seus antecessores. Ele precisa ajustar a narrativa oficial norte-americana sobre uma Cuba pós-Fidel, que não é uma ameaça aos EUA, mas sim um país em transição para uma economia mista e uma força positiva para a saúde no planeta inteiro.

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/11/o-ebola-e-o-sonho-da-cooperacao-entre-eua-e-cuba.html

sábado, 15 de novembro de 2014

Conheça Cuba por Seus Referenciais de Cultura: Pablo Milanés canta o poeta Nicolás Guillén (1975)

Caros leitores do Blog Diários de Cuba, segue abaixo uma coletânea de um CD de Pablo Milanés (cantor e guitarrista cubano nascido na cidade de Bayamo-Cuba) cantando grandes poemas do igualmente importante poeta cubano Nicolàs Guillén. O poemas de Guillén tratam da questão do negro e das questões sociais. Apreciem as músicas, inspirem-se de revolução e mudem o mundo a que pertencem! Abraços latino-americanos a todas e a todos!






Maiores informações sobre Pablo Milanés e sua obra podem ser obtidas no seguinte website: http://www.allmusic.com/artist/pablo-milan%C3%A9s-mn0000006855

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Um Ano Sem Cuba. Para Cuba, Todo Ano Quero Voltar!



Neste mês de novembro de 2014, faz exatamente um ano que voltei de Cuba. Voltei outra pessoa e outro profissional. Voltei melhor. Voltei afetado para melhor porque vi outra sociedade possível (com todos os problemas que uma sociedade possui). Vi uma sociedade em que há uma consciência de que direitos não precisam ser comprados (como acontece na minha dorada sociedade brasileira). Lá direitos são garantidos com todos os recursos que Cuba tem. Aprendi o valor da solidariedade exercido na prática. Aprendi que uma sociedade pode investir quase tudo que possui de recursos em saúde e educação (e que faltem nas outras áreas, qual o problema?). Aprendi, quase como um tapa na cara histórico, que investir em saúde e educação foi o que de mais revolucionário que Cuba fez pela humanidade enquanto exemplo de sociedade. 

Cuba não é unanimidade e nem precisa. Há cubanos de todos os tipos, assim como há brasileiros de todos os tipos. Há dissidentes, há discordantes, há concordantes, há apaixonados e há pessoas sem noção como em todo lugar do mundo. Mas nada disto apaga o êxito cubano. Nada ofusca o esforço do povo cubano de construir sua sociedade soberana diante de todas as pressões externas.

O povo cubano, com auxílio precioso de um determinado argentino, teve que pegar em armas para poder ser cubano. A herança dura da luta existe até hoje (porque teve sua razão de ser). Você só entende Cuba quando aprende sobre Cuba com os cubanos e não nos noticiários internacionais. Apesar da dureza para resistir as privações de recursos, o povo cubano jamais perdeu a ternura e me apaixonei por todos eles. 

Sou nordestino (uma das regiões mais pobres e desiguais de recursos do meu país, Brasil, e uma das mais ricas por conta da força do seu povo) e sei que antes de qualquer coisa, a riqueza de um lugar é medida pela valorosa riqueza de seu povo. Não possuo cidadania cubana, mas para mim os cubanos são meus irmãos latinoamericanos, meus compatriotas e minha inspiração de luta. Adoro o Brasil e aprendi a gostar de Cuba e tenho certeza que ambas as nações tem muito o que aprender uma com a outra daquilo que temos de melhor: nossa história de lutas.

Continuarei a escrever neste blog enquanto forças eu tiver para que Cuba e Brasil possam continuar a trocar informações de qualidade e honestas na guerra de informações que existe na Internet. Continuo aqui no Brasil conversando com os profissionais de saúde de Cuba e quando possível, voltei a Cuba!

Um Ano Sem Cuba. Para Cuba, Todo Ano Quero Voltar!

Abraços Che, Abraços Camilo Cienfuegos, Abraços Fidel, Abraços a todos os Funcionários na Escuela Nacional de Salud Publica de Cuba e principalmente Abraços enormes ao povo cubano que me acolheu tão bem e que devo muito a vocês!


domingo, 19 de outubro de 2014

Das Informações Sobre Cuba e o Ebola que Você Precisa Saber.

Caros leitores do blog Diários de Cuba, reproduzo aqui na íntegra a matéria publicada pela BBC em português, versão on line, em que o comandante Fidel Castro oferece auxílio aos Estados Unidos no combate a epidemia de Ebola que hoje ensaia proporções mundiais. Na mesma matéria também há elogios francos do secretário de estado dos EUA, o senhor John Kerry, sobre os esforços de Cuba no envio de profissionais para o continente africano nos esforços internacionais para conter a epidemia. Leiam com atenção matéria e tirem suas próprias conclusões.

Fidel oferece ajuda aos Estados Unidos para combater o ebola




“Temos prazer em cooperar com os americanos nessa tarefa; e não na busca da paz entre dois Estados que têm sido adversários durante tantos anos, mas pela paz no mundo, um objetivo que podemos e devemos alcançar”, disse Fidel em um artigo publicado neste sábado no jornal oficial Granma.
No texto intitulado "A hora do dever", ele afirma que ao cooperar com o país vizinho, com quem Cuba não tem relações diplomáticas desde 1961, se evita que o ebola se espalhe e protege a população de Cuba e de toda a América Latina.
Os Estados Unidos foram, depois da Espanha, o segundo país não-africano onde se registrou contágio da doença em seu próprio território.
Duas enfermeiras americanas foram contaminadas com o vírus ebola em um hospital do Texas, ao tratarem de um paciente que contraiu a doença na Libéria e acabou morrendo nos EUA.
O ebola já matou mais de 4.500 pessoas, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haja, nesses três países, mais de 9 mil pessoas infectadas pelo vírus, que mata em 70% dos casos.
Em outro desdobramento trágico, a ONU informou que o ebola já deixou ao menos 3,7 mil crianças órfãos nos três países que vem sendo assolados pela doença, sendo que muitas delas perderam tanto o pai como a mãe por causa da epidemia.
Elogios
Cuba já enviou mais de 160 médicos e enfermeiros à África ocidental para ajudar no combate à epidemia e já anunciou o enviou de mais profissionais à região – uma decisão elogiada pelo governo americano.
Na sexta-feira, em uma declaração inédita, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, reconheceu o papel de Cuba na luta global contra o ebola e pediu mais colaboração internacional.
“Cuba, um país de apenas 11 milhões de habitantes, já enviou 165 profissionais da área da saúde e está considerando enviar mais 300”, disse Kerry, dizendo que atos como esse eram “uma prova real de cidadania internacional”.
Em seu artigo, Fidel disse que a decisão de enviar os médicos e enfermeiros não foi fácil. “É inclusive mais difícil do que enfiar soldados para combater e morrer por uma causa política justa”, disse o líder cubano sobre o perigo que correm esses profissionais de saúde.
Na segunda-feira, os noves países que compõem a Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da América), que inclui Cuba, Bolívia e Equador, vão se reunir em Havana para definir uma estratégia conjunta de prevenção e combate ao ebola.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141015_cuba_ajuda_ebola_mdb?ocid=socialflow_twitter


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Médicos Cubanos São Os Que Menos Abandonam o Programas Mais Médicos no Brasil

Segundo a revista brasileira Carta Capital, os médicos cubanos são os que menos abandonam o Programa Mais Médicos no Brasil. De todas as nacionalidades participantes do programa do Governo Federal brasileiro para levar assistência médicas a lugares distantes e periferias dos grandes centros urbanos, os cubanos detém o maior índice de fixação nos postos de trabalho, ao contrário das especulações pessimistas que afirmavam que haveria abandono em massa por parte dos cubanos e pedidos de asilo político no Brasil. Este não é o primeiro mito que os médicos cubanos ajudaram a quebrar sobre a Medicina de Cuba e suas posturas. O blog Diários de Cuba espera que os médicos cubanos continuem a quebrar mitos negativos a seu respeito e a respeito do seu país, continuando com o trabalho sério que vem desenvolvendo e melhorando a atenção primária no Brasil.  Segue abaixo a matéria, na íntegra, da revista Carta Capital. Leiam e tirem suas conclusões:

Saúde

Cuba

Mais Médicos: menor índice de abandono é cubano

8,4% dos brasileiros que entraram no programa federal abandonaram seus postos, recorde entre todas as nacionalidades
por AFP — publicado 24/08/2014 13:58

Imagem de março mostra a chegada a Salvador de médicos cubanos, recrutados pelo Mais Médicos, que foram enviados para 112 municípios baianos

Dos médicos estrangeiros e brasileiros que trabalham no programa federal Mais Médicos, os cubanos foram os que menos abandonaram a missão até agora, com 0,2% de desistências - informou a chefe da Brigada Médica Cubana no Brasil, Cristina Luna, em entrevista à televisão cubana, no sábado 23.
O número de médicos cubanos que abandonaram o programa um ano depois de sua implantação "não é significativo, é de 0,2%", disse Cristina Luna. Segundo ela, o índice de abandono de médicos de outras nacionalidades é de 0,8%. Em relação aos médicos brasileiros que participam do programa, "o número é significativo", completou, acrescentando que chega a 8,4%. "Hoje, a composição principal do Mais Médicos é de médicos cubanos", afirmou.
Os primeiros médicos cubanos chegaram ao Brasil em 24 de agosto de 2013, cumprindo um contrato entre os governos brasileiro e cubano, por intermédio da Organização Mundial de Saúde.
Atualmente, 11.456 médicos cubanos trabalham nos 26 estados do país, mais o Distrito Federal, disse Cristina.
Ela informou ainda que os profissionais cubanos têm tratado, basicamente, casos de hipertensão, diabetes, cardiopatias isquêmicas, dengue e lepra.
O Brasil é o segundo país com a maior quantidade de médicos cubanos atuando, depois da Venezuela.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/saude/mais-medicos-menor-indice-de-abandono-e-cubano-5227.html

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Com método cubano de educação, Unesco declara Bolívia um país livre do analfabetismo (notícias importantes)

Nesta notícia abaixo, há um dado muito importante da propagação de uma dos métodos mais exitosos de educação existentes em Cuba, a saber o método "yo si puedo" que propiciou que Cuba erradicasse o analfabetismo em 1961. Na reportagem do portal Brasil de Fato, temos os dados enviados pela Bolívia para a UNESCO sobre o uso do método e seus resultados alcançados. Mais um país da América Latina livre do analfabetismo. Parabéns à Cuba e á Bolívia pela ousadia. Leiam e tirem suas conclusões. 
Com método cubano de educação, Unesco declara Bolívia um país livre do analfabetismo
Reprodução
Governo Evo Morales aplicou o método “Sim, eu posso” desenvolvido por Cuba e que já havia sido usado com sucesso na Venezuela
01/08/2014
Da Redação
O vice-ministro da Educação alternativa da Bolívia, Noel Aguirre, declarou na última terça-feira (29) que a Unesco aceitou o relatório enviado pelo governo que aponta que o país está livre do analfabetismo.
“Podemos dizer orgulhosamente que o Estado Plurinacional é um estado livre do analfabetismo”, declarou.
De acordo com Aguirre, o país tem nesse momento um índice de 3,8% de analfabetos, abaixo dos 4% que a ONU declara que um país precisa ter para erradicar o analfabetismo. O ministro apontou que o objetivo do governo é chegar até a população “residual”,  com mais de 60 anos.
Nascido em Cuba, o método “yo si puedo” (sim, eu posso) começou a ser exportado para outras nações a partir de 1999 e já foi utilizado na alfabetização de milhões de pessoas pelo mundo e foi utilizado pelo governo Morales.
O método busca entender as necessidades dos alunos e  todas as peculiaridades do local ultilizando recursos audiovisuais e combinações entre números e letras. Além disso,  tem a vantagem de poder ser durar pouco mais de três meses e de poder ser impantado em locais com pouco estrutura.
No Brasil, o método é aplicado pelo MST em diversos estados, e foi importado pelo governo Lula em 2010.
Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/29400

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Diego Maradona entrevista Fidel Castro: uma entrevista inusitada e historicamente muito interessante.

Uma entrevista histórica e inusitada de Diego Armando Maradona (grande jogador argentino, ídolo futebolístico da conquista da Copa do Mundo de 1986) entrevista Fidel Castro Ruz sobre diversos temas. Depois de Che Guevara (um argentino fundamental para a Revolução Cubana), outro argentino ilustre conversa com o comandante. Uma conversa com áudio e legendas em espanhol de excelente qualidade, na qual há perguntas sobre diversos assuntos entre dieguito e o comandante Castro. Recomendo a entrevista e tirem suas conclusões.





terça-feira, 29 de julho de 2014

Conheça a Amizade entre Che e Camilo pelas palavras de Che: Cuba em história de seus referenciais

Neste áudio, em idioma espanhol de excelente qualidade, Che fala do início da amizade com comandante Camilo, de histórias da guerrilha e de mais uma porção de assuntos. Uma importante e muito bonita homenagem de Che à memória de Camilo Cienfuegos. Recomendo ouvir com atenção este raro documento audiofônico e tirem suas conclusões.