Diários de Cuba

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Um Ano Sem Cuba. Para Cuba, Todo Ano Quero Voltar!



Neste mês de novembro de 2014, faz exatamente um ano que voltei de Cuba. Voltei outra pessoa e outro profissional. Voltei melhor. Voltei afetado para melhor porque vi outra sociedade possível (com todos os problemas que uma sociedade possui). Vi uma sociedade em que há uma consciência de que direitos não precisam ser comprados (como acontece na minha dorada sociedade brasileira). Lá direitos são garantidos com todos os recursos que Cuba tem. Aprendi o valor da solidariedade exercido na prática. Aprendi que uma sociedade pode investir quase tudo que possui de recursos em saúde e educação (e que faltem nas outras áreas, qual o problema?). Aprendi, quase como um tapa na cara histórico, que investir em saúde e educação foi o que de mais revolucionário que Cuba fez pela humanidade enquanto exemplo de sociedade. 

Cuba não é unanimidade e nem precisa. Há cubanos de todos os tipos, assim como há brasileiros de todos os tipos. Há dissidentes, há discordantes, há concordantes, há apaixonados e há pessoas sem noção como em todo lugar do mundo. Mas nada disto apaga o êxito cubano. Nada ofusca o esforço do povo cubano de construir sua sociedade soberana diante de todas as pressões externas.

O povo cubano, com auxílio precioso de um determinado argentino, teve que pegar em armas para poder ser cubano. A herança dura da luta existe até hoje (porque teve sua razão de ser). Você só entende Cuba quando aprende sobre Cuba com os cubanos e não nos noticiários internacionais. Apesar da dureza para resistir as privações de recursos, o povo cubano jamais perdeu a ternura e me apaixonei por todos eles. 

Sou nordestino (uma das regiões mais pobres e desiguais de recursos do meu país, Brasil, e uma das mais ricas por conta da força do seu povo) e sei que antes de qualquer coisa, a riqueza de um lugar é medida pela valorosa riqueza de seu povo. Não possuo cidadania cubana, mas para mim os cubanos são meus irmãos latinoamericanos, meus compatriotas e minha inspiração de luta. Adoro o Brasil e aprendi a gostar de Cuba e tenho certeza que ambas as nações tem muito o que aprender uma com a outra daquilo que temos de melhor: nossa história de lutas.

Continuarei a escrever neste blog enquanto forças eu tiver para que Cuba e Brasil possam continuar a trocar informações de qualidade e honestas na guerra de informações que existe na Internet. Continuo aqui no Brasil conversando com os profissionais de saúde de Cuba e quando possível, voltei a Cuba!

Um Ano Sem Cuba. Para Cuba, Todo Ano Quero Voltar!

Abraços Che, Abraços Camilo Cienfuegos, Abraços Fidel, Abraços a todos os Funcionários na Escuela Nacional de Salud Publica de Cuba e principalmente Abraços enormes ao povo cubano que me acolheu tão bem e que devo muito a vocês!


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